Pare de criar conteúdo só para o algoritmo

O perigo de transformar seu perfil em uma vitrine digital

“Não transforme o seu feed em panfletagem digital.” A frase de Rafael Kiso, um dos grandes nomes do marketing digital no Brasil, resume um dos maiores erros de comunicação nas redes sociais hoje.

Quando surgiu, em 2010, o Instagram tinha um objetivo simples: compartilhar fotos. Quinze anos depois, ele se tornou uma plataforma de informação, entretenimento, pesquisa e inspiração. E o comportamento do consumidor evoluiu com ele.

Seu conteúdo ainda acompanha o comportamento do usuário?

Estudos recentes apontam mudanças importantes:

• 45% das pessoas deixaram de seguir perfis por excesso de autopromoção (Tint).

• 81% compartilham conteúdos do Instagram com outras pessoas (Opinion Box).

• 73% salvam publicações para ver depois (Opinion Box).

Na prática, isso significa que conteúdo sem utilidade, empatia ou intenção não engaja mais. Para atrair o cliente certo, é preciso criar uma ponte entre o que ele busca e o que você entrega.

O que as pessoas esperam de você no digital

Segundo o Boston Consulting Group:

• 81% querem conteúdo divertido.

• 71% valorizam originalidade.

• A maioria prefere conteúdos que inspiram, não que forçam uma decisão.

Ficar falando apenas do seu serviço pode afastar quem te segue. Isso não constrói valor, nem senso de comunidade, tampouco abre espaço para conversa. E esse é justamente o tipo de interação que alimenta o chamado algoritmo humano.

Qual conteúdo você pula? E qual você compartilha?

Pense no seu próprio comportamento nas redes: quantas vezes você já ignorou uma "publi" forçada? Por outro lado, aquele post que gera identificação, conta uma história ou traz uma dica real, geralmente marca, engaja e inspira.

Esse é o conteúdo que constrói autoridade.

Como criar conteúdo de valor e relevância

De acordo com Rafael Kiso, conteúdo eficaz gera familiaridade, afinidade e representatividade. Duas estruturas têm mostrado grande força para isso:

1. Séries temáticas

Criar uma série com base em um tema que causa pertencimento com sua audiência é uma estratégia poderosa.

Exemplos:

• Um fisioterapeuta pode fazer uma série de exercícios práticos para aliviar dores e prevenir limitações.

• Um contador pode criar uma série especial descomplicando tributação para MEIs e pequenos empreendedores antes do IR.

Use provas sociais, depoimentos e situações reais para criar conexão. Segundo a YouPix (2025), 87% das pessoas querem ver opiniões parecidas com as suas.

2. Quadros fixos

Lives semanais, reels com temas recorrentes, stories interativos. Quadros fixos ajudam a criar previsibilidade e identidade de marca.

Exemplos:

• Uma psicóloga que abre perguntas semanais sobre temas emocionais com escuta acolhedora.

• Um cardiologista que convida especialistas para debater cuidados com o coração.

Esses formatos estimulam reflexão, conversa e associação da sua marca a um posicionamento claro.

Não venda. Posicione

Mais importante que mostrar o que você vende, é mostrar o que você sabe. E isso só acontece com estratégia.

O posicionamento não se constrói com posts genéricos ou calendários aleatórios. Ele surge de um estudo real do seu perfil, do seu público, da sua história. E se transforma em conteúdo intencional.

A Inteligência Artificial não vai resolver isso sozinha. Sem uma base sólida, sem análise e sem direção, ela só vai reproduzir o que já está sendo feito. E o seu cliente ideal vai continuar passando longe.

Seu perfil virou uma vitrine digital sem intenção?

Então talvez seja hora de repensar sua estratégia.

Deixe que a Midiar 28 identifique os pontos que precisam de otimização no seu conteúdo. Comece com um diagnóstico estratégico gratuito e dê ao seu perfil o papel que ele merece: o de comunicar com intenção, gerar valor e impulsionar vendas.

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